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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Proclamação da República

        Deixamos de ser monarquia e passamos a ser república. O que mudou? Nada. Os nomes talvez, mas o poder continuou. Um pouco de ilusão e esperança sobre escrever a história do país, a deixar de ser colônia portuguesa, a deixar de manter os reis católicos e blá, blá, blá. A questão é que ainda mantemos muita, mas muita gente no poder e lhes conferimos tratamento de rei.

        Para falar a verdade, hoje não estou nem aí com essa coisa de proclamação da república e sou consciente dessa merda de sistema no qual vivemos e mantemos. Se não somos capazes de mudar nosso sistema pessoal de relacionamentos, quem dirá o de governo. 

        Sinceramente tenho inveja da anarquia emotiva que a juventude vive hoje em dia. Eles se conhecem, se curtem e depois cada um para a sua casa. Não há necessidade de envolvimentos maiores, pois cada um deve cuidar de seus próprios sentimentos. Eu nasci em época errada e sou covarde o bastante para me dar esses direitos. 

        Quando já se viveu muitas coisas e se superou muitas dificuldades, encontrar alguém a altura é bastante difícil. A gente aprende a se reerguer e ter que confiar na mão de alguém é quase impossível, pois quem terá forças para nos segurar? Quem será mais forte do que nós mesmos para nos aguentar? Pelo menos eu ainda não encontrei alguém à minha altura. Exigente? Talvez. Soberba? Quem dera. Não me importa a classificação, me importa o que ainda tenho de vida e não quero desperdiçá-la tentando mudar os outros para se adequarem aos meus moldes e, muito menos eu quero me adequar aos moldes de ninguém mais.

        Dane-se mudar o regime de monarquia para república, isso é apenas nome, importa é mudar a si mesmo, saber o que se deseja para si mesmo. Não importa o título solteira, casada, divorciada, agregada, ferrada etc. O que importa é ser fiel a si mesma.