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domingo, 2 de dezembro de 2012

Sou grata

        Virei a folhinha do calendário. Menos de um mês para acabar o ano. Não gosto da palavra acabar, ela machuca e angustia. Está certo que em alguns momentos da vida a solicitamos, principalmente nos momentos de dor. Mas quando se trata de momentos felizes, ela não deveria ser mencionada. Quem sabe seria melhor usar palavras como passagem, mudança de ciclo, não sei, mas acabar é triste.
 
        Por outro lado, estas épocas são boas para uma faxina, seja da casa física, seja da casa interior. Separar o que precisa ser reciclado, ou até mesmo jogado fora. Está aí, reciclar seria melhor do que acabar! Reciclar ideias, posturas, relacionamentos, etc. Reconhecer o que foi bom e deve continuar, e o que não foi tão bom assim e precisa reciclar, dar novos ares. Creio que nem consegui ainda me dar conta de tudo o que aconteceu este ano.
 
        Trabalho, viagens, cursos, família, casa...e, acima de tudo amores. Dois grandiosíssimos amores que se complementam e me completam. Dois amores que me sustentaram todas às vezes que tropecei, que apanhei - literalmente - que precisei de um colo, de um abraço, de uma conversa, de um olhar, de um sorriso. Confesso que tive muito medo, medo de não ser verdade, medo de sofrer, medo de iludir-me, medo de me machucar, medo de não ser digna, medo, medo, medo...Medo de que a paciência do outro se esgotasse de mim.
 
        Caminho para o encerramento do ano com lágrimas involuntárias que brotam sem que eu perceba. E que quando sou amada escorrem por nossos corpos e se misturam com o nosso suor. Lágrimas que não consigo explicar de onde vêm. Não são de tristeza, nem de dor. Só sei que elas brotam de uma parte de mim que nunca fora explorada. Nascem de lugares que ninguém havia ousado conhecer e, que aos olhos do outro, é como descobrir um tesouro. Engraçado, por vezes me sinto como as cachoeiras que gosto de visitar, mas que é preciso atravessar caminhos difíceis para vê-la. 
 
        O que mais poderia acontecer de bom, senão, atravessarem as minhas pedras, os meus obstáculos? Eu sou grata pelos que chegaram até aqui. Pelos que me descobriram e me ajudaram a me descobrir. Eu sou grata pelos braços que me envolveram, pelas bocas que me beijaram e me sorriram. Eu sou grata pelas palavras de carinho. Eu sou grata pelas mensagens que teimo em guardar como um pedaço de si. Eu sou grata pelo amor que me dedicam. Eu sou grata por este ano e pelos que virão, pois, aconteça o que acontecer, tomem nossas vidas rumos diferentes, nada e niguém poderá retirar de nós tudo o que vivemos. Amém.
 
 Vocês me fazem tão bem...
 
 

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