Aprender a trabalhar nossos fracassos é algo constante e diário. Fazemos planos, sonhamos com a situação, elaboramos posturas e de repente tudo se modifica. Alguns sinais nos acompanham, ainda mais para pessoas como eu que deseja vê-los em todos os lugares.
Passei a manhã ansiosa pelo resultado de uma prova, olhando no site a cada quinze minutos. Quando finalmente a resultado saiu, derrubei café nas teclas do computador e meus planos, assim como o café, esparramaram pela mesa. É possível que eu tenha perdido duas coisas: a vaga e o computador. E o que aprender desta situação? Ainda não sei, mas pretendo descobrir. O que me resta é não cair em desânimo e deixar minha autoestima também derramar.
Por outro lado, ao buscar um pano na cozinha para limpar o estrago, recebi um abrazo da pessoa mais brava do recinto, a dona da cozinha. Durante muitos anos lhe agradeci o fato de preparar o café e nos servir no trabalho, ela sempre muito séria, mal respondia. Foram anos semeando, tentando realmente mostrar-lhe que aquele gesto que correspondia ao seu trabalho, era para mim um grande gesto de carinho, já que algo tão singelo me faltara em casa.
Ela lavou o pano e me entregou com ternura. Limpei minha sujeira. E agora luto para limpar este sentimento de fracasso e de não merecimento que me aflige.
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