E lá se vai metade de 2013. De uns anos para cá a noção de tempo se modificou para mim, há uma sensação absurda de que o tempo tem passado mais depressa. O mais angustiante é que se não fico atenta aos fatos atuais, apenas os antigos predominam em minha memória. É amedrontador, pois tem-se a impressão de que o hoje não existe. Tudo acaba girando ao redor do passado e do futuro, ambas situações mortas, ambos não existem, um está morto e o outro ainda não aconteceu e nem sequer há garantias de que acontecerá.
Gostaria de compartilhar uma história que conheci esta semana, a história da centopéia: "A centopeia estava caminhando - uma centopéia tem cem pernas - é por isso que se chama centopeia. É um milagre andar com uma centena de pernas, controlar duas já é tão difícil...Controlar cem pernas é realmente impossível, quase impossível. Mas a centopeia consegue.
Uma raposa ficou curiosa - e as raposas são curiosas. No folclore a raposa é o símbolo da mente, do intelecto, da lógica. As raposas são seres muito lógicos. A raposa olhou, observou, analisou, ela não podia acreditar. Ela disse: "Espere, só uma pergunta! Como você consegue? Como você sabe que pé tem que por atrás de qual? Cem pernas! Como acontece essa harmonia, como você consegue andar tão bem?"
A centopeia disse: "Eu consigo andar, mas nunca pensei nisso. Dê-me um pouco de tempo."
Então ela fechou os olhos. Pela primeira vez ficou dividida: a mente como observadora e ela mesma como coisa observada. Pela primeira vez a centopeia tornou-se duas. Ela costumava viver e andar, mas sua vida era un todo; não havia um observador olhando para ela, ela nunca ficara dividida; ela nunca tinha ficado dividida, ela era um ser integrado. Ela tinha se tornado o sujeito e o objeto, tinha se tornado duas, e então começou a andar. Foi difícil, quase impossível. Ela caiu - como você controla cem pernas?
A raposa riu e disse: "Eu sabia que devia ser difícil, sempre soube".
A centopeia começou a chorar, as lágrimas inundaram seus olhos. Ela disse: "Nunca foi difícil, mas você criou o problema. Agora eu nunca mais vou conseguir andar."
(...) O oposto aconteceu com a centopeia. O todo se perdeu, se transformou em dois: o observador e o observado, divididos; o sujeito e o objeto, o pensador e o pensamento. Então tudo ficou perturbado, perdeu-se a felicidade, o fluxo foi interrompido. Então ela ficou paralisada." (OSHO, p.54, 2012)
Uma história tão simples consegue dar conta de conteúdos complexos, os quais eu não conseguia explicar, essa sensação de não-ser, de ser duas, de desejar ser diferente. Pode ser que eu tenha nascido una e algo com o tempo me dividiu e o que eu busque seja esta unidade, o caminho do meio, onde os opostos não ditem as regras e assim como um rio eu possa fluir e o tempo não mais existirá.
Gostaria de compartilhar uma história que conheci esta semana, a história da centopéia: "A centopeia estava caminhando - uma centopéia tem cem pernas - é por isso que se chama centopeia. É um milagre andar com uma centena de pernas, controlar duas já é tão difícil...Controlar cem pernas é realmente impossível, quase impossível. Mas a centopeia consegue.
Uma raposa ficou curiosa - e as raposas são curiosas. No folclore a raposa é o símbolo da mente, do intelecto, da lógica. As raposas são seres muito lógicos. A raposa olhou, observou, analisou, ela não podia acreditar. Ela disse: "Espere, só uma pergunta! Como você consegue? Como você sabe que pé tem que por atrás de qual? Cem pernas! Como acontece essa harmonia, como você consegue andar tão bem?"
A centopeia disse: "Eu consigo andar, mas nunca pensei nisso. Dê-me um pouco de tempo."
Então ela fechou os olhos. Pela primeira vez ficou dividida: a mente como observadora e ela mesma como coisa observada. Pela primeira vez a centopeia tornou-se duas. Ela costumava viver e andar, mas sua vida era un todo; não havia um observador olhando para ela, ela nunca ficara dividida; ela nunca tinha ficado dividida, ela era um ser integrado. Ela tinha se tornado o sujeito e o objeto, tinha se tornado duas, e então começou a andar. Foi difícil, quase impossível. Ela caiu - como você controla cem pernas?
A raposa riu e disse: "Eu sabia que devia ser difícil, sempre soube".
A centopeia começou a chorar, as lágrimas inundaram seus olhos. Ela disse: "Nunca foi difícil, mas você criou o problema. Agora eu nunca mais vou conseguir andar."
(...) O oposto aconteceu com a centopeia. O todo se perdeu, se transformou em dois: o observador e o observado, divididos; o sujeito e o objeto, o pensador e o pensamento. Então tudo ficou perturbado, perdeu-se a felicidade, o fluxo foi interrompido. Então ela ficou paralisada." (OSHO, p.54, 2012)
Uma história tão simples consegue dar conta de conteúdos complexos, os quais eu não conseguia explicar, essa sensação de não-ser, de ser duas, de desejar ser diferente. Pode ser que eu tenha nascido una e algo com o tempo me dividiu e o que eu busque seja esta unidade, o caminho do meio, onde os opostos não ditem as regras e assim como um rio eu possa fluir e o tempo não mais existirá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Quer compartilhar tua opinião?