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terça-feira, 8 de maio de 2012

O conselho

         Muito triste pelo que lhe havia acontecido e sentindo-se injustiçada, decidiu buscar ajuda e visitou sua antiga, porém mais nova, conselheira, a Feiticeira Aluap.
         
         - Posso consultar-me com você? - perguntou angustiadamente.

         Aluap nem sequer precisava olhar em seus olhos, pois já a conhecia pelo modo de falar. Respondeu:

        - Pode.

       Reorganizou mentalmente as ideias, desejando ser o mais objetiva possível, pois sabia que Aluap gostava de objetividades. Respirou fundo e narrou-lhe o último acontecimento que a fizera sentir-se diminuída. Após uma sequência sofrida de palavras, pausas e respiros, percebeu que Aluap se preparara para pronunciar o grande conselho. Corrigiu sua postura e atentamente ouviu:

      "Às vezes acontecem coisas em nossas vidas que fogem totalmente do nosso entendimento, muitas vezes ficamos tentados em dizer, e quase sempre dizemos: "Eu não mereço isso!!!" Mas por mais que a boca diga, e o coração sinta, no fundo a nossa cabeça sabe que não é bem por aí, e por pior que seja, na grande maioria das vezes, salvo algumas exceções, nós merecemos... Mas merecemos por quê??? Afinal de contas não somos pessoas ruins, não desejamos o mal "a  quase ninguém", não falamos de boca cheia, nem tão pouco roubamos lugar na fila... Neste instante, como uma espécie de surto, a nossa cabeça é invadida de consciência (é essa a melhor parte), ficando totalmente claro, o que de fato, nos aconteceu, foi porque permitimos!!! Afinal, se você não entrar na água, provavelmente não se afogará, se você não colocar a não na boca do cachorro, ou pisar em seu rabo, dificilmente será mordido; afinal de contas, só é traído quem confia no traidor. Verdade, eu falei em melhor parte, é sim a melhor, não porque percebemos que se algo ruim aconteceu conosco foi porque permitimos, mais sim porque, podemos ter consciência de que tudo que acontece no fundo é por nossa vontade, então cada vez que algo não der certo, levamos um tombo ou nos decepcionamos com alguém, faz com que a gente se lembre que felicidade é uma questão de permissão, sim é, permitir-se ser feliz. É tão simples, se eu como ser humano posso permitir que algo me faça mal, imagina a infinidade de coisas boas que posso permitir a minha vida!!! Agora, falando sobre "salvo algumas exceções", é naqueles casos, que algo ruim acontece, que por mais consciente que estejamos não conseguimos lembrar o momento em que permitimos que aquilo acontecesse, nessa hora, é uma força divina, que nos ama tanto, que acaba tirando algo de nós de maneira brusca, mas é só para nos preservar de algo bem pior, que certamente iria nos acontecer no futuro. E isso é tão claro, que logo adiante, assim que você reergue a cabeça, consegue ver que por mais difícil que tenha sido pra você naquele momento, foi a melhor coisa que poderia ter ocorrido, evitou que você no futuro, permitisse que algo realmente ruim acontecesse a você!!! Assim é a vida, assim somos nós, os únicos que podem se permitir a FELICIDADE!".

 
      E depois de falar deixou-me para voltar às suas bruxarias.             


(Texto "emprestado" da Feiticeira Aluap)

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