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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Autoavaliação

       Esta semana o blog completou um ano, creio que antes de continuar, seria melhor fazer uma autoavaliação. Na adolescência encontrei na escrita uma maneira de expressar meus conflitos, esboçar minhas ideias e personalizar o que eu não conseguia expressar verbalmente. 

        De certa forma a escrita me acompanhou nas diversas etapas da minha vida e sua principal característica é seu papel terapêutico. Algumas pessoas fazem crochê, eu escrevo. É quase como se ao escrever eu pudesse de fato me ver, focar meus pensamentos e ouvir a minha própria voz. 

        Antes de abrir o blog eu estava sem escrever há muitos anos, cheguei a pensar que nunca mais retornaria, pois quando me deparava com a tela em branco, nada acontecia. Até que uma sucessão de fatos me impulsinou a timidamente voltar a escrever, a brincar com as palavras, a dar vida à minha voz interna. Foram fases diferentes. Em algumas eu inventei personagens e me escondi no meio deles, outras eu relatei fatos reais, em outras usei a primeira pessoa mesclando realidade e ficção. 

        É mágico acessá-lo e ver o contador de visualizações com outros números, dá uma mistura de sensações. Alegria por saber que alguém leu e medo justamente por não saber qual o efeito das palavras nas pessoas. Eu sempre desejei que fosse algo bom.

        Linda não é meu nome e nem Flores meu sobrenome, um pseudônimo era algo que eu desejava ter mas não tinha coragem de usar desde a adolescência. Ele nos protege psicologicamente, não sou eu quem fala é ela. O blog tem se tornado para mim praticamente um diário e por isso me causa maior espanto que alguém leia as mazelas alheias. 

        Hoje mesmo pensei em escrever sobre os trinta e dois anos da morte de meu pai e relatar as cenas daquele dia fatídico o qual posso reviver a qualquer momento. O que verdadeiramente me assusta é justamente o fato de poder reviver sensações de tanto tempo atrás como se fosse literalmente ontem. No entanto, já o mencionei no dia de seu aniversário de vida e creio que nada mudou deste aquele dia. 

        O que desejo mesmo é te agradecer por ler estas palavras conflituosas, por vezes desesperadas, nostálgicas, sentimentalizadas, angustiadas, alegres, eufóricas, esperançosas. Eu te conheça pessoalmente ou não, seja você feliz e que as minhas palavras tenham sido pelo menos um saboroso passatempo. 

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