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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Vasos

        Eu não sou boa com vasos, principalmente os que ficam dentro de casa. Aliás, eu só descobri que tenho algum jeito com plantas depois que passei a cultivar o jardim, porque tudo o que eu tenho em vasos, deixo morrer, seja por falta de água, seja por falta de adubo, seja por muito ou pouco sol. 

       Talvez alguém diga: "Qual é a diferença? Se você cultiva uma planta no jardim poderá cultivá-la no vaso", mas isto não é verdade. A planta no vaso depende cem por cento de mim, se eu não regá-la, não adubá-la, não colocá-la devidamente no sol, ela morrerá e como tudo o que está muito próximo de nós, nos acostumamos com sua imagem e corremos o risco de não perceber suas necessidades. 

      Quando eu planto algo no jardim eu exerço a humildade e o desapego crédulo. Humildade porque deixo de pensar em mim mesma como sua única provedora e a entrego aos cuidados da mãe natureza. E desapego crédulo porque passo a confiar de que ela saberá defender-se dos perigos, sejam os ventos fortes, sejam as pragas, e mesmo assim continuará me reconhecendo.

     O desenvolvimento de uma planta no jardim é explosivo, é abundante, não há limite para suas raízes e quanto mais ela cresce mais forte ela fica e por mais tempo estará comigo, não necessariamente ao meu lado, dentro de casa, mas em nosso espaço, o jardim. Se eu quiser vê-la terei que ir onde ela está, faça frio, chuva ou calor. Mas o maravilhoso disso tudo, é que ela estará ali, linda, exuberante, cheia de folhas, de flores e ao seu redor outras tantas que lhe servirão de apoio, de companhia.

       Confesso que dá muito medo passar uma planta de um vaso para a terra, ela fica parecendo frágil e pequenina diante das outras, mas com o passar do tempo, quando eu menos espero, ela está crescida. Desde o começo do ano, tenho tentado passar minha querida rosa para o espaçoso jardim. É natural que nos machuquemos um pouco, ela por ser fortemente remexida e eu por não saber tocar com o devido respeito seus espinhos. 

      Eu a acompanharei respeitando sua adaptação em seu novo espaço e a verei de tempos em tempos, faça chuva ou faça sol, e meu coração voltará a sorrir. 

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