Sonhei que estava numa praia paradisíaca. Mar azul brilhante à minha frente, árvores frondosas produzindo sombra, montanhas ao fundo e uma finíssima areia branca sob meus pés. Me revezava entre banhos de mar, água de coco fresquinha e uma boa conversa.
Tudo parecia perfeito até que um vento começou a soprar, a princípio fraco, esfriando um pouco, mas suportável. Às vezes um grão de areia entrava no olho, machucava, mas com paciência eu o retirava, tinha a esperança de que aquele vento seria passageiro, queria continuar na praia.
Ao entardecer o vento foi ficando mais forte e já não era mais possível enxergar direito. Os grãos se chocavam contra meu corpo e eu não podia abrir os olhos, não conseguia ver o caminho, não reconhecia quem estava ao meu lado, queria andar mas não sabia para onde, não conseguia gritar para pedir ajuda sem que entrasse areia em minha boca.
Comecei a correr de um lado, depois de outro até que percebi que se permanecesse quieta no mesmo lugar e me tranquilizasse, o vento passaria porque esta é a função do vento: passar. A praia, o sol e as montanhas sempre permanecem.
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