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sábado, 6 de julho de 2013

Sono bom

   
       Meus olhos pesam, as pálpebras quase não se aguentam, é um sono bom que invade meu corpo. Claro que uma parte desta delícia de sentimento se dá porque finalmente estou de férias, mas porque, e acima de tudo, a vida me deu um presente nesta tarde. 

      Metade do ano se passou e eu não percebi, ontem mesmo eu estava desejando feliz ano novo e agora, até as festas juninas já passaram. Onde eu estive todo este tempo? Quase não consigo visualizar-me, a não ser numa rotina de trabalho e retiro interior, de trabalho e isolamento em minhas incompreensões, trabalho e o controle de meus impulsos e sentimentos à flor-da-pele. 

        Terminei meu último dia de trabalho antes das férias ganhando um presente, ou melhor, dando-me um presente, uma nova oportunidade de me sentir parte do dia-a-dia de alguém, de poder acompanhar sua "passagem", de segurar sua mão quando sentir medo e de dizer: "Vai, você consegue, eu confio em você". Pode acontecer de alguém me dizer: "Você já não sofreu o bastante? Já não se feriu demais? Não aprendeu com a experiência anterior?" E eu lhe diria: "Aprendi sim, aprendi a não ter medo, a confiar mais em mim, a ter a certeza de que não estou fazendo nada de errado. Aprendi a aceitar o amor que me oferecem, mesmo que seja por pouco tempo, e a dar meu ombro quando me pedem". Porque é indescritível quando alguém deita em nosso ombro e segura nosso braço como se fôssemos a única pessoa que ela deseja naquele momento.

        Voltei para casa tranquila, feliz, segura e certa de minhas atitudes. E entendo que a vida queira me dar uma nova chance, queira me dar o que tanto desejei, mas por outros caminhos e não pelos que planejei. Entendo que a vida queira me explicar que eu não estava errada, estava apenas aprendendo, porque de alguma forma peculiar, eu me realizo quando posso cuidar de alguém e este sono bom que me invade é o que mais preciso depois de tantas noites atribuladas e mal dormidas.




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