Amigas são personalidades vitais, essenciais, absurdamente necessárias. Nesta fase maluca em que me encontro, na qual não sei o que são emoções e o que são manifestações hormonais, minha semana passou sob a dança desvairada de Pandora.
Uma amiga querida, sim, porque há amigas que não são queridas, são apenas amigas, resolveu me ajudar e me ensinou uma técnica libertadora. O que ela não imaginava é que sua técnica em mãos de uma pessoa desesperada como eu, serviria para abrir a caixa de Pandora. Tanto ela como eu nos assustamos, apesar de que eu tenho a sensação de que dentro em breve daremos boas risadas da mesma situação.
Enfim, parte do meu tratamento, indicado por ela, não havia sido concluido, eu ainda precisava passar por mais algumas etapas, exatamente as que ela me indicou no e-mail. Com certo receio de repetir a cena, mesmo me sentindo um pouco melhor hoje, escutei orientação por orientação prescrita, apenas a última não me agradou muito, sem preconceitos.
A terapia consistia em realizar um ritual libertador acompanhado de algumas músicas, a seu ver, próprias para o ritual. No dia em que resolvi realizá-lo, usei uma música de meu gosto, pois não conseguia abrir seus arquivos. Hoje finalmente consegui ouvir as músicas que me mandou, meu computador estava sem o arquivo necessário para rodar videos, depois de várias tentativas consegui baixá-lo. Não fiz exatamente como me orientou, não dancei, não pulei e nem gritei, apesar das músicas que escolheu provocarem tais reações.
Hoje, o que realmente me tocou foi conscientizar-me de que ela escolheu cada música para mim, pensando em mim. E isto vale muito, muito mais do que qualquer ritual. Ter alguém que pense em nós e saber disto é uma dádiva.
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