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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Extra - pausa na história para algumas explicações

        A Revolução das Verduras e Legumes nasceu em 2001, no desejo de metaforizar uma experiência de vida. Horta Esperança era a horta que eu cuidava quando estava no convento, e todo cenário está ligado à casa que eu vivia. Alguns personagens, como a Rosa e o Pinheiro eram da minha casa da infância, onde vivo atualmente, foram as primeiras imagens que me inspiraram a escrever em minha adolescência, talvez eles pré-configurassem o meu atual jardim. 

        A delícia daquela época em que escrevi A Revolução das Verduras e Legumes foi o fato de eu tê-la feito em minha pequena máquina de escrever que havia ganhado na sexta série por passar de ano sem ficar de recuperação. Eu amava aquela máquina. E por ser a primeira vez que morava sozinha. Sem televisão, minhas madrugadas eram preenchidas pela escrita frenética da minha humilde história.

       Outra delícia era o fato de eu ter uma amiga, uns oito anos mais jovem do que eu, e que fazemos aniversário no mesmo dia, a quem eu estimada em demasia. Alguém que incluí em meu dia-a- dia e com quem compartilhei mais do que aulas, compartilhei sonhos, sendo um deles, a produção de um livro com suas ilustrações. 

        Acontece que as pessoas passam por nossas vidas, são encontros de fases, são momentos de vidas paralelas, onde caminhamos lado a lado, até que surge uma bifurcação e cada um segue para um lado. É pena que pela força da intensidade do encontro, o desencontro tenha a mesma dimensão, causando, na grande maioria das vezes, sofrimentos e incompreensões. 

        Sempre guardei seus desenhos, além destes, tenho outros, de outra história, e mesmo alguns que achei bonitos e pedi de presente. Pode ser que ela não se lembre mais e que nem os ache mais interessantes, mas eu sou do tipo que guardo as pessoas, mesmo que a vida as conduza a outras bifurcações, porque sendo a terra redonda, um dia nos reencontraremos e eu a reconhecerei e  me lembrarei da história que construimos juntas.

        À Michele Evangelista fica minha gratidão por haver passado por minha vida de uma maneira tão significativa. 




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